Sobre economia circular...
Achava eu que, a grande maioria de nós, já estávamos despertos para a importância da economia circular. Que estávamos conscientes da importância de reduzir os nossos consumos, de forma a também diminuir os desperdícios e os resíduos... mas vou percebendo que não.
Aqui há uns dias, coloquei algumas coisas dos miúdos à venda. Coisas que comprámos novas e estavam em excelente estado. Há coisas que doamos, outras que guardamos para amigas e outras que vendemos. E vendemos porque não gostamos de ter coisas aqui amontoadas só porque sim, quando podem dar jeito a outras pessoas que não podem comprar novo e, por um valor mais simbólico, conseguem ter o que necessitam. Isto para nós nem era questão até ser abordada por uma familiar se estava assim tão pobre para já andar a vender coisas no facebook.. (eu coloquei em várias plataformas de venda, uma delas o marketplace). E a minha primeira reação foi pensar que nunca mais punha nada no facebook para a família ver...mas depois, caramba, então mas eu estou a roubar alguém? Eu estou a cometer um crime?? O problema não sou eu, é a mentalidade das pessoas. E é aqui que se percebe como continuamos "pequeninos". Sim, claro que o dinheiro até dá jeito..mas não vendemso as coisas a um preço justo, vendemos mesmo a um preço simbólico, para desocupar. O que me interessa ter o sótão cheio de caixas com coisas que nunca mais vamos usar?? A pensar nos netos?? Sabemos lá nós o que será para usar nessa altura!!
A última coisa que vendemos foi o berço de bebé. Já não vamos usar mais (ainda a convencer-me interiormente que não haverá mais bebés nesta casa!....) e estava como novo...e fiquei mesmo feliz por ver a família que veio buscar, porque percebi que eram pessoas sem grandes possibilidades e que estavam de brilho nos olhos por poderem comprar o que queriam para o seu primeiro filho...caramba, ganhei logo o dia!
Temos de aprender a desprender-nos das coisas e a verdade é que se podemos fazer outros felizes, porque não?? Eu pude comprar novo mas há muitas famílias que não podem..então, dar importância ao que realmente importa talvez seja o primeiro passo para crescermos. E percebermos que na vida, o dinheiro não é o que nos devia mover.